sábado, 29 de dezembro de 2012

O sofrimento dos animais com os rojões - Como Prevenir


Cuidados com Fogos de Artifício:
Os fogos são responsáveis por acidentes dos mais variados tipos, principalmente com cães.
Natal, Ano Novo, Copa do Mundo, finais de campeonatos de futebol são ocasiões em que mais animais se perdem de seus guardiães.
Os animais se assustam facilmente com o barulhos dos fogos e rojões. O pânico desorienta o animal, que tende a correr desesperado e sem destino. Muitos animais podem sofrer paradas cardiorrespiratórias, convulsões e ter diversos problemas que podem os levar à morte.
Para evitar tudo isso, garanta condições mínimas de segurança e evite ambientes conturbados e barulhentos. Tranqüilize seu bichinho, transmitindo a sensação de que tudo está bem e sob controle.
Lembre-se que, se o seu bichinho conseguir fugir, por desespero, ele irá correr por vários e vários quilômetros. É MUITO IMPORTANTE deixar o animal com uma coleira com um telefone de contato. Se alguém conseguir resgatar seu bichinho, você poderá ser contatado. Utilize uma plaqueta de metal ou de plástico, com uma escrita que não saia se molhar. Etiquetas de papel escritas à caneta além de rasgar com facilidade ficam ilegíveis quando molhadas.
Os Perigos e Principais consequências dos Fogos:
Fugas: Perdidos eles podem ser atropelados ou mesmo provocar acidentes.
Mortes:  Enforcando-se na própria coleira quando não conseguem rompê-la para fugir, ou mesmo ao tentarem passar por vãos pequenos. atirando-se de janelas, atravessando portas de vidro, batendo a cabeça contra paredes ou grades.
Ferimentos:  Quando atingido ou quando abocanham rojão achando que é algum objeto para brincar.
Traumas Emocionais:  Resultando na mudanças de temperamento para agressividade.
Ataques contra os próprios donos e outras pessoas.
Brigas com outros animais com os quais convivem inclusive.
Mutilações, no desespero de fugir atravessando grades e portões.
Convulsões (ataques epileptiformes).
Morte e alteração do ciclo reprodutor dos animais da fauna silvestre.
Afogamento em piscinas.
Quedas de andares e alturas superiores.
Aprisionamento indesejado em lugares de difícil acesso na tentativa de se protegerem.
Paradas cardiorrespiratórias etc..
Recomendações:
Acomode os animais dentro de casa, em lugar onde possam se sentir em segurança, com iluminação suave e se possível um radio ligado com música.
Fechar portas e janelas para evitar fugas e acidentes fatais.
Para abafar o som, coloque cobertores pesados ou mesmo um colchão tampando a janela. Pode forrar o chão com cobertor e cobrir o bichinho com um edredom.
Forneça alimentos leves, pois distúrbios digestivos provocados pelo pânico podem matar (torção de estômago, por exemplo).
Procure um veterinário para sedar os animais no caso de não poder colocá-los para dentro de casa. Animais acorrentados acabam se enforcando em função do pânico.
Alguns veterinários aconselham o uso de tampões de algodão nos ouvidos que podem ser colocados minutos antes e tirados logo após os fogos.
Observações - Cães
Não deixe muitos cães juntos, pois, excitados pelo barulho, brigam até a morte. Tente deixá-los em quartos separados.
Antes da queima de fogos, leve seu animal para perto da tv ou de um aparelho de som e aumente aos poucos o volume de tal forma que ele se distraia e se acostume com um som alto. Assim não ficará tão assustado com o barulho intenso e inesperado dos fogos.
Observações - Gatos
Escolha um quarto da casa que tenha uma cama e um armário e prepare para ser o quarto dos gatos no Rèvellion. Feche os gatos neste quarto a partir dos primeiros rojões e deixe-os lá. Deixá-los soltos aumenta o medo, a correria e o desespero, e eles acabam se enfiando em lugares como embaixo da máquina de lavar e da geladeira;
Para quem mora em casa, com gatos que tem acesso à rua, recolha os gatos antes do pôr-do-sol e feche-os da mesma maneira. Na rua é mais perigoso, pois, quando se assustarem, podem se perder. Além disso, podem ser alvo de maus-tratos.
Forme toquinhas para o gato se esconder, pode ser colocando cobertores ou edredon dentro dos armários, embaixo e em cima da cama
Água, comida e caixinha de areia devem ficar distribuídos estrategicamente pelo quarto, sempre encostados na parede, para que não sejam derrubados.
Retire qualquer coisa que possa ser derrubada, quebrada ou derramada.
Observações - Aves
Cubra as gaiolas de pássaros e cheque cercados de cabras, galinhas etc.
EM PAÍSES DA EUROPA SÓ É PERMITIDO SOLTAR FOGOS EM ÁREAS PREVIAMENTE ESTABELECIDAS PARA NÃO PREJUDICAR A FAUNA.
PREVENIR É O IDEAL, POIS SÃO POUCOS OS VETERINÁRIOS DISPONÍVEIS NO PRIMEIRO DIA DO ANO.
Fontes: Fala Bicho; Renad ; Clarissa Niciporciukas, PEA

José Franson - Tatuí - SP 
Campanha nacional permanente - “Fecha canil do CCZ - Tortura nunca mais” Eu apoio.


sábado, 8 de dezembro de 2012

Fotografando a crueldade em todo mundo


O gaúcho Jonas Amadeo Lucas é um fotógrafo que registra animais. Mas diferentemente da maioria, que fotografa bichos fofos e alegres, ele capta o sofrimento desses seres em fazendas, granjas e zoológicos do mundo todo. As fotografias de Jon Amad, como é mais conhecido, documentam os maus tratos cometidos nesses lugares, denunciados por meio de seu site pessoal, o The Animal Day, e no Igualdad Animal, portal da ONG espanhola para a qual trabalha.

Seu trabalho investigativo inclui disfarce, elaboração de enredos que convençam funcionários dos lugares e, em alguns casos, até invasão dos matadouros. Tudo em defesa da causa animal, luta a qual se dedica integralmente há cinco anos, quando se tornou vegan. A adoção da filosofia aconteceu meio por acaso, em razão de uma pesquisa acadêmica sobre a relação entre comunicador e receptor.

Durante o período como ativista, Jon já passou por Itália, Espanha, Portugal, Alemanha, Marrocos, Holanda, Polônia, França, México, Argentina e Brasil. “Já vi lugares onde tudo era um pesadelo: o cheiro insuportável, os animais vivendo sobre seus excrementos, feridos, loucos… Todas as fazendas são assim. As fotos impressas nas embalagens são uma mentira que qualquer pessoa pode desmascarar em poucos minutos, via Internet, por exemplo. Por mais bonito que pintem, todas as jaulas são iguais vistas por dentro”.
Macaco em um zoológico, em meio ao lixo (Foto: Reprodução/Jon Amad) (Foto: Macaco em um zoológico, em meio ao lixo (Foto: Reprodução/Jon Amad))Macaco em um zoológico, em meio ao lixo (Foto: Jon Amad)
Seu ingresso no mundo da fotografia se deu em um ambiente bem mais ameno. Há dez anos, Amad era fotógrafo de moda e fazia eventualmente alguns trabalhos para jornais. Depois de muitos cursos na área de um diploma de ensino superior em Direção de Fotografia para Cinema pelo Instituto de Cinema de Madri, Amad decidiu empregar todo seu conhecimento em favor dos bichos por ter percebido que faltava um trabalho fotográfico investigativo de qualidade neste segmento. A função é dura, mas Jon garante que seu compromisso com a causa supera todos os obstáculos. “Quando algum trabalho parece impossível, a dor é o que me faz seguir em frente, sem parar para descansar.”
Pessoas praticando a Tourada, na Espanha (Foto: Reprodução/Jon Amad)Pessoas praticando a Tourada, na Espanha (Foto: Jon Amad)
Macaco do zoológico de Sevilha, Espanha (Foto: Reprodução/Jon Amad)Macaco do zoológico de Sevilha, Espanha (Foto: Jon Amad)