Seu trabalho investigativo inclui disfarce, elaboração de enredos que convençam funcionários dos lugares e, em alguns casos, até invasão dos matadouros. Tudo em defesa da causa animal, luta a qual se dedica integralmente há cinco anos, quando se tornou vegan. A adoção da filosofia aconteceu meio por acaso, em razão de uma pesquisa acadêmica sobre a relação entre comunicador e receptor.
Durante o período como ativista, Jon já passou por Itália, Espanha, Portugal, Alemanha, Marrocos, Holanda, Polônia, França, México, Argentina e Brasil. “Já vi lugares onde tudo era um pesadelo: o cheiro insuportável, os animais vivendo sobre seus excrementos, feridos, loucos… Todas as fazendas são assim. As fotos impressas nas embalagens são uma mentira que qualquer pessoa pode desmascarar em poucos minutos, via Internet, por exemplo. Por mais bonito que pintem, todas as jaulas são iguais vistas por dentro”. Seu ingresso no mundo da fotografia se deu em um ambiente bem mais ameno. Há dez anos, Amad era fotógrafo de moda e fazia eventualmente alguns trabalhos para jornais. Depois de muitos cursos na área de um diploma de ensino superior em Direção de Fotografia para Cinema pelo Instituto de Cinema de Madri, Amad decidiu empregar todo seu conhecimento em favor dos bichos por ter percebido que faltava um trabalho fotográfico investigativo de qualidade neste segmento. A função é dura, mas Jon garante que seu compromisso com a causa supera todos os obstáculos. “Quando algum trabalho parece impossível, a dor é o que me faz seguir em frente, sem parar para descansar.”
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