quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Reflita e diga não as carroças



A população não aguenta mais ter de andar pelas ruas das cidades e se deparar com cavalos atrelados à carroças e charretes velhas, espancados, enquanto trabalham com os cascos arregaçados, feridos, doentes, cegos, famintos, prenhes e uma profunda tristeza no olhar. O povo quer os animais livres de seus carrascos humanos!

Interditem os postos de coleta de lixo! Proíbam esses postos de receberem os materiais vindos em carroças! Os animais utilizados pelos carroceiros estão famintos, machucados, vivem confinados em baias imundas e improvisadas. Vários cavalos são atropelados e agonizam de dor antes do derradeiro fim!
É público e notório que há opções de trabalho para os carroceiros e charreteiros que querem mesmo trabalhar. 

É sabido de todos que muitos dos exploradores desses animais nem trabalham com os mesmos, apenas os alugam para ficarem sem fazer nada pelos bares e redondezas, só não vê quem não quer.

É vergonhoso atestar que um animal tão dócil ainda não tenha conseguido, por parte das autoridades competentes, apoio e alívio para seu sofrimento. Ainda há cavalos morrendo de COLAPSO CARDÍACO nas ruas. Os cavalos, apesar de grandes, têm pouca resistência, são extremamente sensíveis e morrem, literalmente, de dor pelas ruas indiferentes das grandes cidades!

Revolta a qualquer ser humano decente saber que animais tão úteis na recuperação de deficientes físicos, emocionais, etc., como no caso da equoterapia, por exemplo, estejam sofrendo todo o tipo de crueldades nas ruas sem que ninguém levante um único dedo para ajudá-los.

E, que o pagamento por todo o tempo de serviço escravo prestado aos humanos seja a ida para um abatedouro clandestino, onde suas patas serão cortadas enquanto vivos, onde seu sangue rolará entre suas lágrimas de dor. Que gente é essa?

Apelo a todos os cidadãos conscientes que boicotem os serviços de carroceiros, de charreteiros, e que digam NÃO às empresas que trabalham com o frete de carroças. Denunciem os exploradores desses belos e indefesos animais, onde houver um cavalo trabalhando ferido ou com dor, há um ser impiedoso e cruel, não há dúvidas! Vá à delegacia mais próxima, a Lei 9605/98 art. 32 existe para ser usada por todos os que se incomodam com a violentação da dignidade animal.

Ao deleitar seus olhos sensíveis com belas paisagens à custa do sofrimento contido de um cavalo escravizado numa charrete, lembre-se que você é um ser racional e, portanto, também responsável por tanta dor. Exija de sua prefeitura a abolição do trabalho escravo desses animais, eles podem muito bem ser substituídos por troller, manter TRADIÇÃO à custa do sofrimento de outros é cruel e desumano.

Não compactue com os algozes!

Saibam que os impostos pagos às prefeituras nos dão o direito de exigir! Não há desculpas cabíveis para ainda vermos cavalos em terrenos baldios comendo lixo, esqueléticos amarrados em postes pelas calçadas esperando a morte, sendo galopados em favelas por crianças, puxando carroças com pesos incomensuráveis, éguas prenhes quase a parir pelas ruas, animais em baias ou cocheiras imundas, isolados da natureza como condenados, altamente perigosos.

As cidades que ainda permitem o uso de carroças e charretes são coniventes com o desrespeito a Lei de Crimes Ambientais por falta de fiscalização e combate às crueldades cometidas com os animais de tração.

Fátima Borges – Professora de Português e Teatro Infantil, Colunista, Poetisa e Artista Plástica



Campanha nacional permanente - “Fecha canil do CCZ - Tortura nunca mais” Eu aderi. (cole o slogan/link no email, blog, seja criativo)


Um comentário:

B.Cardoso disse...

Compartilhei no twitter e no Face, mas confesso que não li tudo. Não aguento ler sobre tristeza e sofrimento dos animais. :-(