terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Leishmaniose Calazar matar animais não resolve

CARTA DA ANCLIVEPA BRASIL

Atualização 4-7-2011 - projeto prevê fim dos assassinatos de animais com leishmaniose


ANCLIVEPA BRASIL divulga aos seus associados sua análise e posicionamento referente à questão da Leishmaniose Visceral Canina - LVC, em nosso país. Durante o ano de 2010 o CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA VETERINÁRIA – CFMV realizou encontro técnico-científico sobre a questão da LVC no Brasil, no qual participaram médicos veterinários especializados nas áreas de saúde pública, epidemiologia, clinica médica, além de diretores do CFMV, ANCLIVEPA BRASIL, MAPA, Ministério da Saúde, OPAS e dos CRMVs. Desse encontro, o SISTEMA CFMV/CRMVs divulgou CARTA que situou a realidade da LVC NO BRASIL. De forma idêntica, o CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA VETERINÁRIA DO MATO GROSSO DO SUL (CRMV-MS), promoveu o Iº SIMPÓSIO SUL-MATO-GROSSENSE DE LEISHMANIOSE, com objetivos de informar, atualizar, discutir e orientar médicos veterinários, médicos, advogados, juízes, promotores e delegados sobre os aspectos técnico-científicos e jurídicos da Leishmaniose que foram divulgadas conclusões para toda a classe médica veterinária e a sociedade em geral. Além disso, as ANCLIVEPAs REGIONAIS promoveram por todo país SIMPÓSIOS sobre o tema, procurando informar e discutir o problema. 

Está claro que a LEISHMANIOSE VISCERAL é doença grave, que leva ao óbito animais e humanos, sendo considerada pela OMS endemia prioritária em ações de controle nos 88 países em que está presente. A população brasileira demonstra crescente interesse no conhecimento dessa doença e, sem dúvida, está a cada dia conhecendo mais, não somente sobre a doença, mas também sobre as ações de controle preconizadas pelos agentes de saúde pública do Brasil. 

Dessa maneira, a ANCLIVEPA BRASIL pontua os seguintes aspectos: 

1 – Reconhece o importante papel dos CONSELHOS DE MEDICINA VETERINÁRIA no esclarecimento à sociedade em relação à LEISHMANIOSE VISCERAL. 

2 – Parabeniza o CFMV e os CRMVs que promoveram eventos relativos a discussão do assunto, bem como suas imparciais conclusões, que apontaram falhas cruciais para se alcançar o controle da doença no Brasil 

3 – Conclama que demais Entidades e Conselhos da Medicina Veterinária do país realizem, em 2011, espelhados nos exemplos dos CFMV e CRMV-MS, encontros voltados para o tema. Esses encontros permitem vislumbrar os equívocos existentes na orientação pública em relação ao controle da Leishmaniose Visceral no Brasil 

4 – Divulga que a revisão sistemática da OPAS em janeiro de 2010, concluiu que as ações de controle adotadas no Brasil, não demonstram eficácia. Além disso, essa mesma revisão indica que o controle do vetor seria melhor estratégia do que a polêmica eliminação canina. 

5 – Informa que outros reservatórios urbanos foram identificados, fragilizando ainda mais a eliminação canina praticada pelo serviço público. 

6 – Reitera que os métodos diagnósticos atuais para a Leishmaniose Visceral Canina, mantém-se frágeis e levam à morte milhares de cães com resultados falso positivos. 

7 – Enfatiza a necessidade de medidas de proteção dos cães contra os vetores, distribuindo colares inseticidas ou inseticidas tópicos em animais nas regiões afetadas e a realização de vacinação contra LVC em regiões endêmicas. 

8 – Defende o tratamento de cães afetados, amparada nas evidencias cientificas de que a eliminação desses cães não diminuiu o risco de contaminação humana, além do fato de que os cães tratados mantém-se saudáveis, sem capacidade infectante e constantemente protegidos da aproximação do vetor. Essa conduta encontra respaldo não só em publicações científicas mas também em documentos oficiais da OPAS e OMS.  

Baseados nesses pontos a ANCLIVEPA BRASIL declara que: 

1 – Discorda da proibição do tratamento canina, imposta pela portaria interministerial 1.426/2008, que vem sendo mantida em detrimento de todas as evidencias de sua ineficácia e inexeqüibilidade. 

2 – Defende a opção do tratamento de cães assintomáticos com a autorização e responsabilidade legal do proprietário. 

3 – Defende campanhas públicas de educação em controle do vetor, desfocadas da eliminação de cães. Para isso, será necessário investimento em contratação de mão de obra permanente e treinamento para que as visitas de controle não se limitem à identificação de animais sororeagentes com o objetivo de sua eliminação. Essas visitas devem dar orientações preventivas para o controle da transmissão vetorial. 

4 – Exige aplicação das verbas publicas em medidas éticas que busquem diagnósticos corretos, controle do vetor através de campanhas de aplicação de inseticidas centrados nos cães. 

5 – Não concorda com diagnósticos imprecisos que resultem em eliminação dos animais. Defende exames seguros e repetidos conforme acompanhamento médico dos animais. 

6 – Defende e busca o diálogo com os agentes públicos. 

Esses são os pontos defendidos pela ANCLIVEPA BRASIL que têm sido apresentados pelo país. 

A ANCLIVEPA BRASIL prioriza a saúde da família. A ANCLIVEPA BRASIL promove seus debates com o intuito de esclarecer que o cuidado com a vida dos animais é ação de saúde pública. A ANCLIVEPA BRASIL promove discussões objetivando manter os médicos veterinários atualizados sobre o assunto. 

A ANCLIVEPA BRASIL reitera que o combate da LVC desse ser centrado no controle do vetor. 

Reunião de Diretoria da ANCLIVEPA BRASIL. 


Salvador, 31 de janeiro de 2011 




Paulo Carvalho de Castilho 
Presidente ANCLIVEPA BRASIL  



Mais informações sobre a Leishmaniose no Blog:

LEISHMANIOSE: MATAR ANIMAIS NÃO RESOLVE

-- 
Lilian Rockenbach 



URGENTE - MOBILIZAÇÃO CONTRA EXTERMÍNIO DE CÃES COM LEISHMANIOSE

A Leishmaniose é uma doença séria e negligenciada pelas autoridades de saúde do Brasil, cujas políticas públicas de extermínio de cães adotadas para o seu controle são antigas e ultrapassadas, além de antiéticas e ineficazes. Os cães vem pagando há anos com a vida, sem que isso tenha resultado positivo no controle dessa zoonose, até porque, gatos, cavalos, galinhas, porcos, ratos e outros animais, também são reservatórios da doença.

O deputado federal Geraldo Resende propôs um Projeto de Lei (PL 1738/2011), que normatiza campanhas de esclarecimento, prevenção e vacinação gratuita contra leishmaniose, bem como o direito de tratar os animais. Este PL está na Comissão de Seguridade Social e Família, cujo relator é o Deputado Federal Luiz Henrique Mandetta.

Precisamos de uma mobilização geral para “Informar” ao relator, e demais membros da Comissão, que a matança obrigatória de cães infectados no Brasil é ineficiente, sendo praticada apenas em nosso país, onerosa aos cofres públicos, e que mascara a propagação dessa zoonose.

Vamos encaminhar ao Deputado Luiz Henrique Mandetta, e aos demais membros da Comissão (endereços abaixo), nossa solicitação pela aprovação do PL 1738/2011 do Deputado Geraldo Resende, que trará um efetivo avanço no controle dessa doença e na qualidade de vida dos brasileiros. E também, que sejam realizadas Audiências Públicas, onde todas as partes interessadas sejam ouvidas, inclusive aquelas contrárias à política oficial de extermínio de animais. 

Quem tiver possibilidade, pode ligar para o gabinete do Relator:   -     Deputado Mandetta  -  fone: 61- 3215-5577 

Autor do PL 1738/2011   -   Deputado Geraldo Resende   -  fone: 61- 3215-8402 

E-mails:

Deputado Mandetta - dep.mandetta@camara.gov.br 

Deputado Geraldo Resende: dep.geraldoresende@camara.gov.br
 

Campanha nacional permanente - “Fecha canil do CCZ - Tortura nunca mais” Eu aderi. (cole o slogan/link no email, blog, seja criativo)


7 comentários:

Anônimo disse...

e matar não adianta tem que cuidar

Anônimo disse...

O governo deveria dar atenção ao fato, e fazer campanhas contra o mosquito vacinar os cães(mas vacina de qualidade e não como a anti-rábica que matou vários cães o ano passado) eles só defendem a eutanásia, mais quem realmente ama um cão ou gato sofre muito se tiver que fazer tamanha crueldade.Mais um descaso não só com os animais como com a população...

Anônimo disse...

Fiquei muito feliz em saber que o calazar tem sim tratamento. O governo deveria dar maior importância ao assunto e disponibilizar para todo o território nacional a vacina de prevenção ao calazar, mas eles não fazem nada, pra eles basta sacrificar o animal, é um absurdo e desumano! O descaso com a doença mesmo sendo tão grave é triste, isso é assim porque ou a doença atinge animais ou pessoas(leishmaniose cutanea) humildes que vivem na maioria das vezes em áreas rurais. O Brasil tem que mudar e começar a prevenir o calazar,sacrificar animais é um crime!

Anônimo disse...

Excelente!!! Tomara que nossos amigos cães sejam finalmente libertos dessa pena de morte!!!
E não tenhamos mais que sofrer, pela entrega forçada de quem tanto amamos!!!

Anônimo disse...

Sou de São Raimundo Nonato- Piauí. Estou feliz pelas informações que está nos passando. Pois na minha cidade está acontendo um verdadeiro extermínio de çães,mas no entanto os terrenos baldios estão soterrados de lixos,as pessoas não são informadas sobre o verdadeiro transmissor do calazar, para que cuide dos seus lixos,dos seus quintais para evitar o verdadeiro transmissor dessa doença.

Anônimo disse...

Com essas informações vou tirar. 10 na feira dá escola...obrigado d+

Olhar digital o melhor da musica jovem! disse...

não quero perder meus cães,aqui em Itaberaba bahia,muitos cães estão sendo mortos, poque ninguém toma providência em acabar com o mosquito transmissor.nos ajudem